“Controle motivado por ciúme não é amor e não é romântico. Precisamos parar de falar que controlar as roupas da parceira é uma forma de demonstrar afeto ou de se mostrar preocupado com o relacionamento, por exemplo. Controlar o que a parceira veste, com quem ela conversa, aonde ela vai, proibir que ela faça algo não é sintoma de paixão, é sinal de que o relacionamento é abusivo, nada saudável (CAMPOLINA, 2015).”
Os relacionamentos abusivos são caracterizados por relações nas quais são praticados atos de agressão de modo a tornar um indivíduo submisso.
Um relacionamento abusivo ocorre sem distinção de gênero. Porém, a ocorrência é na grande parte contra mulheres.
Qualquer pessoa até que se dê conta, pode ser vítima de uma relação abusiva, independente de seus atributos, como por exemplo, alegre, linda, divertida, inteligente, bem instruída, pessoas fortes e bem resolvidas.
O abuso muitas vezes é difícil de ser identificado, pois a grande maioria acredita que o relacionamento abusivo está unicamente ligado a agressão física e sexual. Mas, dificilmente a as bases abusivas começam com um tapa e uma ameaça de morte. Muitos casos a violência física pode nunca vir a existir. Mas, não por isso a dor e os danos causados sejam menores.
Uma relação abusiva é caracterizada pelo excesso de poder que um individuo exerce sobre o outro dentro de um relacionamento afetivo.
O parceiro é extremamente ciumento e quer controlar as atitudes e decisões do outro, tentando isolá-lo de suas relações e vivenciam sociais, limitando assim a independência do parceiro.
A relação é baseada em um forte jogo sentimental de manipulação, violência (física, sexual e psicológica) e frieza emocional, a partir de apelos emocionais de modo que o parceiro passe a agir da forma que o abusador ache correto, independentemente de sua vontade.
Outra dificuldade em identificar o relacionamento abusivo é pelo fato de o abusador usar de sua manipulação sentimental e apesar de sua violência e controle, o mesmo consegue reverter à situação e tornar a vítima do abuso como culpada.
Essas relações com o tempo tornam-se extremamente penosa a vítima, uma vez que interfere diretamente como a mesma se sente, visto que, ela é constantemente acusada por todos os acontecimentos, trazendo como resultado principalmente a baixa autoestima, por não sentir-se boa o suficiente e incapaz de conquistar sua independência, principalmente emocional, já que em alguns casos a vítima pode ter condições financeiras o suficiente para manter-se sozinha.
Os relacionamentos abusivos estabelecem um vinculo extremamente penoso e prejudicial para a saúde mental das vítimas, pois estão diretamente ligado ao desenvolvimento da baixa autoestima, problemas de autoconfiança e a quadros depressivos.
Sinais de alerta:
Ciúme excessivo.
Amor excessivo.
Te coloca como sua (seu) salvador da vida.
Monitoramento constantemente.
Diz que você não vai arrumar alguém melhor que ele (a); Só ele (a) te entende, te ama e te suporta.
Faz pouco caso de suas conquistas.
Sempre tenta te diminuir.
Ridiculariza seus gostos e opiniões.
Faz você se sentir culpada (o) pela brigas e reações agressivas dele (a).
Descontrole na hora da raiva, lançando objetos.
Sempre tenta mudar seus hábitos.
Controla sua vida financeira.
Tenta afastar você da família, amigos e vida social.
Controla rede social, ligações e conversas.
Proíbe contato com determinada pessoa.
O parceiro se importa apenas consigo mesmo.
Não entende seus sentimentos ou faz jogos emocionais.
Impõe sua vontade, inclusive o sexo.
Deixa inseguro, com medo, com baixa autoestima.
Diz que está “louca (o)” quando o (a) coloca em xeque.
A psicoterapia nos casos de relacionamento abusivo é extremamente necessário, para que individuo se fortaleça e consiga sair e se curar desta relação penosa e ou ressignificar o modo de se relacionar e se colocar nas relações.
O processo se dará pelo caminho do autoconhecimento, resgatando sua autoconfiança e autoestima.